"São 3 horas da manhã, você me chama pra falar coisas que só a gente entende. E com seu papo poesia me transcende..."

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Para Você, Com Carinho

Ainda não cheguei, mas tenho sentido tanto suas esperanças e sua fé em mim que resolvi lhe escrever. Conversei com 2007 e ele também achou que você deveria saber algumas coisas. Um pouco antes da hora, eu sei, mas achei necessário. Espero que entenda.

São tantos pedidos, tantas apostas depositadas em mim que eu me sinto pesado antes mesmo de entrar em ação. E eu não falo apenas de você, não. Imagine o mundo inteiro lhe pedindo coisas e mais coisas! Nas mais diversas línguas e formas! Saúde, paz, amor, dinheiro, sucesso... Estão nas camisas, nas palavras, nos copos e até nas calcinhas! Dá pra pirar qualquer um! É muita pressão. Só não entro em crise porque já estou velho pra isso. Afinal, são 2008 anos, né? Enxutos e bem vividos, diga-se de passagem, mas 2008 anos. Alguma experiência eu já devo ter para lidar com o animal racional mais irracional que Deus inventou: o homem.

Eu gosto e estou empolgado para iniciar o trabalho. Não nego. O homem é uma caixinha de surpresas e é desafiador deixá-lo feliz com o que está ao seu redor. Não digo sempre feliz, pois isso também não teria graça. Até ele acharia entediante. O que eu tento é dar equilíbrio para as pessoas, perdidas entre pensamentos e sentimentos. A famosa paz. E eu nem to dizendo a mundial, não. A paz interior de cada um mesmo. Ela é fundamental para que se consiga discernir o que lhe faz bem dentre as opções que se apresentam. E costumam ser muitas... Aí é onde mora toda complicação.

O que estou querendo lhe dizer é... Não sou eu que vou lhe dar saúde, amor, dinheiro e qualquer outro presente. Eu não vou embalar isso numa caixa, com um laço lindo em cima, e lhe enviar como o Papai Noel faz. O meu papel não é esse. Por mais que as pessoas insistam em vestir roupas coloridas tentando me sinalizar seus desejos para que eu os atenda. Aliás, quem inventou essa tal tabelinha dizendo que vermelho é isso, amarelo é aquilo, e blá blá blá? Caramba! Nós, anos, ficamos malucos com esse festival de cores. Até porque essa tabelinha com significados costuma variar de lugar pra lugar! Uma confusão! Sem esquecer das pessoas que vestem todas as cores! Como se estivessem dando de espertas pra cima da gente, é mole? Aí passa o ano, nada acontece e saímos como o carrasco da história. Não, não... Isso não pode ficar assim. Alguém precisa explicar como nós, os anos, trabalhamos. E esse alguém será eu, já que 2007 está saindo cansado após sua carga-horária. Bom, então vamos lá!

A minha função primordial é lhe ajudar. É como se eu colocasse placas pela estrada. Setas, opções, lugares distintos a cada curva que você escolheu passar. Está sem dinheiro? Está sem namorado ou namorada? Não tem sucesso na vida? Está sem amigos? Precisa de paz? Bom, independente da pergunta a minha resposta será a mesma: você é o responsável por tudo isso. Única e exclusivamente você. Eu sei, estou pegando pesado. É uma bomba pensar que se está triste, a culpa é sua. É ruim, dói, mas eu não vou mentir... Parece até papo de psicólogo, mas é a pura verdade! Agora respira. Calma... O outro lado também é real: se a responsabilidade é sua, você, mais do que ninguém, pode consertar. Está com você o próximo passo da sua vida. Querer já é o começo de tudo. Vai por mim...

Por exemplo, se o que lhe falta são amigos, pare um pouco para pensar como tem agido no decorrer dos anos. A solução do problema vai sair daí. Com toda certeza. Tem estado ao lado deles? E eu nem estou falando de presença física. Pensar já é uma forma de estar junto. Torce por eles e faz o que pode quando precisam de ajuda, independente da distância e do tempo? Às vezes, os rumos das pessoas são diferentes, eu sei. Mas amizade mesmo, amizade da boa, resiste a essas coisas. Fica intacta, apenas esperando um próximo encontro. Não tem mistério... Quando você dá atenção, carinho e respeito, isso volta. Talvez não da forma que esperava, mas volta. Aí cabe aos seus olhos ajustar suas expectativas diante do outro.

Tire da cabeça a idéia de que você só conhece gente que não presta! Está cheio de pessoas maravilhosas por aí. Verdade! Não feche as portas para quem gosta de você só porque alguém lhe sacaneou no passado. Não faça regras a partir de casos. Da mesma maneira, não seja desleal com quem lhe vê como amigo. Saiba se doar. Dê um pouquinho de você para o outro porque é o bem dele que você quer. Amizade nunca se sustenta de um lado só. Aliás, relação nenhuma. Mal construída, uma hora explode.

E amor então? Os anos já lhe ofereceram muitos! Alguns mais baixos, outros mais bonitos, uns mais gordinhos, enfim, de todos os tipos e maneiras, mas todos querendo te encher de beijos! Amores em potencial que, simplesmente, passaram. Só porque você não os percebeu ou não entendeu a importância deles o suficiente para que pudesse lutar para que ficassem em sua vida. Os deixou passar e não notou o amor bem ali do seu lado. Ou pior: nem chegou a conhecê-los! Talvez porque estivesse de mau-humor ou o que é mais comum: focado em outros assuntos, temas e pessoas que nunca tiveram o valor que você atribuía a eles.

O ser-humano tem disso... Às vezes cisma com o que não deve por causa de algum medo ou insegurança. Insiste no que é errado e sabota a sua própria felicidade! Aí sobra pra gente: os anos! Temos que entrar em ação para tentar lhe mostrar a SUA verdade. Não a nossa. Damos sinais, causamos encontros e desencontros até você acordar pra você mesmo. E uma hora acontece! Agora, o interessante é que o ano que consegue isso sai com a fama de vitorioso e os outros com a fama do problema. Calma lá... Os anteriores também tentaram lhe despertar. Faz tudo parte de um processo. O tempo pra isso acontecer depende muito do seu grau de teimosia e orgulho. Ai, esses defeitinhos humanos... Como não dão trabalho...

E o tal do dinheiro? O homem condicionou toda a sua vida em função dele. Passou da questão de lhe oferecer sobrevivência. Se a pessoa não tem dinheiro para comprar o carro do ano, o computador mais equipado ou aquele sapato de couro... pronto! É infeliz! Opa... Vamos parar com isso! Eu sei que é necessário, mas não deixe ele comandar suas decisões. Não se envenene por dólares, euros, reais... Na dúvida sobre o que fazer, ponha na balança: você de um lado e o dinheiro do outro. Quem pesará mais? Afinal, quem é que manda na sua vida?

E mais! Ele pode ser uma conseqüência se você conhece seus talentos, e sabe aonde pode melhorar. O sucesso financeiro vai vir se você não ficar parado em mim. Eu ando, você também precisa andar, meu caro. Como eu posso lhe ajudar se você não se mover? As oportunidades estão espalhadas por todos os cantos. Não vê? Não existe apenas uma alternativa de vida. Confie.

Enquanto isso, por favor, não abuse de você. Não se acabe em bebidas, cigarros ou outras drogas humanas. Não que elas não causem prazer. Acontece que a sua casca é frágil. Não pegue peso se já estiver fraco, não exija movimentos que seu corpo não é mais capaz de fazer. Conheça seu limite. Como ter saúde se você não colabora? E tá... Tem doenças que chegam sem explicação. E aí? Bom, eu não posso lhe explicar tudo... Não tenho permissão pra isso. Entre o céu e a terra tem milhões de coisas que o homem nem sonha que existem! E não sou eu que vou contar. Mas posso lhe dizer em letras garrafais: VIVA SUAS VONTADES! Seja real consigo mesmo antes de tudo. E se errar? Aprenda. Pelo menos, você seguiu os seus desejos naquele momento. Mesmo que eles tenham mudado com o tempo. E isso acontece mais do que você imagina! Eu mudo, eu passo, outro ano chegará depois de mim. Você também muda. E se quiser, para melhor. Sendo fiel aos seus valores e aos seus sonhos, meu amigo, pode vir a doença que vier... Nada vai estar pela metade dentro de você. Nenhuma dívida pendente com o seu coração.

Entende o que eu falo? Por favor, pare de ficar preocupado comigo, com 2009 e com os outros anos que virão pela frente. Se preocupe com você, antes de tudo! Olhe pra você, pro seu dia-a-dia, para o que gosta, para quem gosta. Não diga que 2007 foi ruim ou que deixou a desejar. Apure o seu olhar para o ano que passou e acredite: o que é seu está guardado. Só falta buscar.
E, às vezes, isso demora mesmo. É todo um processo de aprendizado que você só conseguirá compreender por completo depois de finalizado. Por isso, enquanto não consegue enxergar o plano da vida, acerte o seu passo com o meu. Que tal?

Vamos combinar uma coisa? Eu prometo chegar devagar para não lhe confundir. Serei o mais transparente possível para que compreenda meus pontos e vírgulas. Terei calma para lhe enviar todos os sinais necessários para que perceba a melhor direção. Estarei no sopro do vento, na brisa do mar, na chuva que cair, no sol que lhe der bom dia. Cantarei músicas e lerei poemas para os seus sentidos através da minha natureza e do meu tempo. Estarei lhe acompanhando como um amigo, cheios de meses, dias e horas para lhe dar colo, se for o que quiser. E força para seguir em frente. Já você... Tem que me prometer deixar a pele sensível, ouvidos atentos, olfato aguçado, paladar apurado, olhos focados e a mente quieta. Você tem que me prometer que, pelo menos, vai tentar deixar seu coração aberto...

Um beijo carinhoso e a gente se vê daqui a pouco.
Pode acreditar: eu, realmente, estou doido para te abraçar.

2008
(Um Feliz Ano Novo para todos!)
Réveillon também no www.fotolog.com/vanessa23

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Coisas de vô

"- Oi.
- Oi é breca de boi".


Eu nunca entendi muito bem o que isso significava, mas essa sempre foi a resposta do meu vô para um "oi" ao telefone. Breca de boi? Que raio de coisa é essa? Breca de "levado" ou breca do verbo "brecar", parar? E o que isso tem a ver com boi? Socorro... Muito para a cabeça de uma criança, que corria para o telefone quando a mãe dizia "Vem falar com seu avô, menina. Anda logo que é interurbano!". E que nunca deixou de rir quando ele dizia do outro lado "breca de boi", mesmo não conhecendo seu significado. Ele falava de um jeito tão gostoso que parecia algo divertido. A questão é que eu sempre achei graça nesse nosso "alô”. Não dá pra negar.

Com o tempo, eu cresci e descobri que o "breca", na realidade, era "breque". O que não mudou muita coisa. “Oi, breque de boi”? Pelo menos rima, ok. Alguma outra sugestão? E não venha dizer que deve ter a ver com a cultura de Minas (carioca sempre sai com essa piadinha diante do que não conhece). Nada disso! Meu vô é de Baltazar, Rio de Janeiro - a "cidade eterna" como ele mesmo gosta de chamar. Que eu também não sei porque é eterna, mas há de se ter respeito. Ele enche a boca de tal maneira para falar do lugar, que eu até acho que conseguiria descrever a praça, a igreja, as ruas... E olha que eu nunca fui! Quer dizer, não que minha memória tenha registrado. E nem vi fotos! O mais perto que cheguei de Baltazar foi descobrir em uma conversa que os avôs de dois amigos também são de lá. Mas eu não os conheço. Taí... Acho que Baltazar é uma cidade de avôs. Por isso é eterna.

Enfim, ele nunca me explicou o porquê do breque de boi. E olha que, quando mais nova, eu cheguei a perguntar! A reação? Uma risada gostosa de um senhor que, diante dos meus olhos infantis, tinha um quê de Papai Noel com sua barriga pomposa, cabelo branco e a barba mais branca ainda. O suficiente para eu aceitar um sorriso como resposta! Afinal, vamos combinar, eu tinha ali o bom velhinho só pra mim! Isso já me bastava. Na verdade, acho que bastaria para qualquer criança.

E com os meus primos, com a minha irmã, não foi diferente. Até porque eu aceitei dividir, na boa, a atenção do Seu Aylton. Aylton... Nome bom de vô, não? Dá uma imponência ao integrante mais velho dos Oliveiras. O que ele adora! Aceitei dividir o vô e o “breque de boi”. Era dele, sabe? Como ensinar os netos a comer requeijão na colher, a cobrar beijos e fazer questão de dar a benção, a dar leves beliscões, a trazer frutas para os netos (mesmo que um deles tenha rejeitado por completo essa opção de vida), a fazer a vontade daquelas pequenas criaturas, que de certa forma saíram um pouco dele. Coisas de vô... Que variam de acordo com a família, de acordo com a casa, mas estão sempre ali.

Vô e não “avô”, como a maioria gosta de chamar. “Avô”... Tá bom... Muito formal para uma pessoa que merece mais é ser agarrado sem cerimônia nenhuma! Até porque eles amam isso! Mesmo os mais ranzinzas não conseguem recusar um carinho. E aqueles que se fazem de durão, no fundo são os donos do coração mais mole de que se tem notícia.

Vô... Todo mundo tem ou teve, com certeza, algum ser desta espécie cheio de manias e atitudes únicas com seus netos. Um ser bom de abraçar, que carrega experiência quando te olha e outras características que já não mudam. Afinal, o tempo costuma ter prazo para alterar traços da personalidade. Ou indo mais além: acentua tais traços. E nem sempre as pessoas têm paciência ou disposição para entender. Acontece com o meu vô, com o seu vô, com você. Ou seja, acontece com o tempo...

A saúde então? Não há corpo que agüente. Apesar de ser formado por milhões de elementos, de todas as patentes, pode cansar. São muitos anos trabalhando da mesma maneira. Ô se cansa... Ainda mais se o coração, em um dia de mau-humor, resolve brigar com o pulmão. Os dois chefões de um batalhão que sem ordens pode ficar perdido. E ainda dar susto em quem está de fora da história. Ou então, pior, fazer com que a minha ligação pare em um hospital, como foi nessa última semana. “Oi”, eu disse após o alô do outro lado. “Oi é breque de boi”, seguido de uma tosse foi a resposta. Eu tive que rir... E ri com vontade. Como era bom ouvir aquela frase... Tem certas coisas que, realmente, o tempo não muda. E essas costumam ser as melhores.

E assim a semana passou. Com outras ligações, visitas e muitas outras ligações. Até que o coração resolveu fazer as pazes com o pulmão, que por sua vez se sentiu mais forte para seguir em frente: para mais um aniversário ao lado da família, mais um Natal. Longe de nebulizações, hospital e exames. Perto dos netos, que mais do que nunca, esperaram dessa vez o Papai Noel. O velhinho que sempre foi só deles. De mais ninguém.

“Ô”, eu ainda pude ouvir antes da ceia. E foi aí que eu entendi. A palavra verdadeira nunca foi “Oi” e esteve o tempo inteiro na minha cara. Morei em cidade pequena e cansei de ver várias carroças sendo paradas no grito. “Ô”! E os animais sendo puxados para trás. O famoso “breque de boi”. Como pude ser tão relapsa... Custei, mas entendi ao ouvir na porta daqui de casa. O fato é que dessa vez, eu tenho certeza, que não parou uma carroça, mas um trenó vermelho guiado por renas, seguido por um sonoro “ho ho ho”. Passou aqui, parou e deixou um grande presente para os Oliveiras. Ah deixou...

(Um Natal para vocês tão especial quanto foi o meu...)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Detalhe

Deitado na cama, com a cabeça dela sobre seu peito, ele arrisca:

- De quem é essa pinta?
- Que eu saiba é minha.
- E se eu tomar posse das terras?
- “Meu corpo” você quer dizer, né?
- É ué! A mesma coisa. Depende do ponto de vista.
- Ainda assim será minha.
- Você não conhece a lei, não? Uso capião!
- Lei? Bom, já que vai pegar pesado... Discuta isso com meu advogado!


Ela, que estava atravessada na cama lendo uma revista, vira o rosto para o lado contrário do dele e finge estar concentrada no assunto da matéria. Ele então comprime os olhos e o pensamento vai longe buscando uma resposta a altura. A saída encontrada foi apelar:

- Desse jeito vou ter que usar a força...

Ela vira na hora com os olhos arregalados e dispara:

- Ficou maluco?
- Sempre fui...
- Vai me obrigar a ligar para a polícia... – Diz ela em tom de ameaça.
- Te seqüestro antes... – Diz ele no mesmo tom de ameaça, com um sorriso no canto dos lábios.
- Eu grito!! Tão alto que até o... até o... até o Papa vai ouvir – Ela já parece uma criança acuada.
- Papa?? Hahaha De onde você tirou essa!? Ele só vai poder rezar por você. Mais nada.
- Não duvide de uma santidade!
- Não mesmo... A questão é que só se eu fosse muito burro pra não te amordaçar antes de qualquer coisa. Ninguém vai te ouvir, meu bem.
- Amordaçar? Amor, mas que violência! – Diz ela já sentando na cama.
- Você que me levou a isso – Contesta ele levantando os braços como um jogador de futebol acusado de cometer a falta.
- Pô, seqüestrada eu vou ter que depender da ajuda dos outros! Aí complica...
- Mas eu te devolvo! Você acha que eu não vou pedir um pagamento pelo resgate?
- Caramba... Agora vai detonar comigo. Vai pedir pouco, né?


Ela faz cara de inconformada e de quem ainda busca uma solução. Ele não perdoa:

- Eu se fosse você, me rendia de uma vez...

Pronto! O necessário para ela se enfezar. Faz pose de quem vai levantar da cama, mas antes diz alto e bem claro:

- Cansei dessa brincadeira!
- Volta aqui, sua boba – Diz ele, a puxando para cima dele em um abraço.
- Ah não... Não gosto de depender dos outros, sabe disso. Imagina, todo mundo pegando suas economias por minha causa?
- Até que seria justo, mas eu não iria pedir essa grana toda, não.
- Então o valor seria baixo mesmo?
- Bom, depende do ponto de vista. Pra mim, não seria...
- Quanto, vai?
- Huummm... Pra te soltar?
- É lógico!
Ele então dá um sorriso de leve, faz cara de difícil, mas acaba entregando:
- Só te libero...
- Se... ?
- Se você me der essa pinta!! – E parte pra cima dela a cobrindo de beijos.


Ela ri de alívio. Não consegue acreditar no que ouvira, é fato. Mas mesmo assim resolve se render, pelo menos naquela tarde. No fundo, aquela era a melhor resposta. E ela sabia disso.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Abadá do dia-a-dia

Venha pular o pré-carnaval com a gente! BLOCO ROUPA TUDO IGUAL! Compre seu abadá por apenas R$200 nas melhores lojas da cidade e caia na folia!

Abadás de todas as cores: vestidos de malha, estilo balonê, com bolsinho na frente, cavado nas costas, com brilho no peito ou então lantejoula da cabeça aos pés! Ops, não, não, nada de vestido longo. Todos bem curtos, por favor.

Ala da frente: prata e cinza - chegando com estilo.
Ala do meio: verde e amarelo - uma dupla brasileira.
Ala dos fundos: preto - sempre básico. Nunca falta.

Não perca tempo! Ou vai esperar até fevereiro para sambar?
BLOCO ROUPA TUDO IGUAL! Não se sinta diferente. Junte-se aos bons!

Bons? Antes fosse mesmo...
Moda consegue ser em alguns momentos algo extremamente tedioso... Se virasse carnaval, pelo menos, ia ter uma cerveja pra quebrar o clima.